quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Aquecimento Global: A temperatura continua a subir!

Segundo dados recentemente divulgados pelo Goddard Institute for Space Studies, 2010 foi o ano mais quente e com maiores anomalias climatérias, desde que há memória e registo.  Até aqui nada de novo, já os Paleoclimatólogos o tinham constatado!
Mas o facto que é alarmante pretende-se com a subida exponencial das temparaturas e o aumento das anomalias climatéricas.
Anomalias Climatéricas em ºC


Fig. 1 – Evolução das anomalias climatéricas (ºC acima do aceitável)
Analisemos o top 10 dos anos mais quentes e com maiores anomalias climatéricas:
Top 10 dos anos
mais quentes a nível mundial (Jan-Dez)
Anomalia ºC
Anomalia ºF
2010
0,62
1,12
2005
0,62
1,12
1998
0,6
1,08
2003
0,58
1,04
2002
0,58
1,04
2009
0,56
1,01
2006
0,56
1,01
2007
0,55
0,99
2004
0,54
0,97
2001
0,52
0,94


Fig. 2 – Tabela com o top 10 dos anos mais quentes de sempre

Efetuada a devida análise tanto ao gráfico como à tabela apresentada, pode-se concluír que a década passada foi a década mais quente e preocupante, no que toca ao Aquecimento Global, de sempre. 2010 foi o pico deste fenómeno.
As alterações climáticas, que dão origem ao Aquecimento Global, resultam em parte de processos de ajustamento natural do próprio planeta Terra, mas é deveras evidente que o HOMEM está a acelerar em cerca de 1,3 vezes esse processo, para se ter uma ideia por cada 10 anos de ciclo normal de alterações climáticas o HOMEM acelera esse processo em cerca de 3 anos, reduzindo esse ciclo para 7 anos.
Para termos uma noção das consequências das alterações climáticas, basta assistirmos às constantes tempestades a que o Austrália tem estado sujeita, as recentes cheias na zona serrana do Rio de Janeiro, as cheias no Paquistão, assim como a desregulação dos ciclos agrícolas, para não inumerar muitas mais.
As evidências de que o HOMEM teria que mudar de vida, alterar os seus hábitos de consumo, reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, ser mais eficiente a nível energético, fazer uma melhor gestão dos recursos naturais e promover uma Economia Verde, eram bastantes forte já há mais de uma década. No entanto o  que foi feito? De que forma é que se promoveram melhores hábitos de consumo? De que forma se reduziu a dependência dos combustíveis fósseis? De que forma se promoveu e investiu na verdadeira eficiência energética? Como é que não fomos capazes de gerir de forma mais racional os nossos recursos naturais? Porque é que só há bem pouco tempo se pensou em fazer investimentos na Economia Verde?
A resposta é simples: Porque não houve vontade política suficiente e porque o lobbie da indústria petrolífera e do carvão prevaleceu aos mais supremos interesses da Humanidade.
Pois agora é a hora de intervir, e intervir mesmo a sério, doa a quem doer, ou corremos o risco de perder a oportunidade e condenarmos o Planeta a uma catástrofe se não agirmos de forma contundente.
Eis algumas linhas orientadoras que, se seguidas ao pormenor e postas em prática de forma efetiva, poderão ajudar a atenuar o efeito do HOMEM sobre o clima:
- Promoção da construção e utilização de veículos mais eficientes;
- Reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, promovendo fontes alternativas de energia, seja através de combustíveis derivados de resíduos, seja através do gás natural, seja através do biogás, seja através da utilização eficiente de hidrogénio ou até mesmo através de combustíveis derivados de refugo florestal (p. ex. casca de eucalipto);
- Promoção da Eficiência Energética;
- Aproveitamento e Gestão Racional dos Recursos Naturais;
- Reforçar os investimentos em Energias Limpas e Renováveis;
- Mudar os paradigmas de consumo, promovendo dietas menos baseadas em carne, uma vez que a produção de gado é responsável por cerca 24% dos Gases de Efeito de Estufa (GEE).
Cabe-nos agora agir e forçar a vontade política para a mudança. O Planeta agradeçe!

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