terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Alterações Climáticas: Uma ameaça para os cidadãos e para as zonas costeiras e ribeirinhas

Dados relevantes
“Fator humano” é o título da capa da revista Nature, e põe o dedo na ferida com uma fotografia de casas inundadas pelas chuvas. Dois estudos publicados na edição desta quinta-feira da revista relacionam pela primeira vez o aumento de precipitação que está a acontecer na Terra com as alterações climáticas derivadas da actividade humana.
Um estudo de uma equipa do Canadá analisou a precipitação de chuva e queda de neve diárias em 6000 estações meteorológicas entre 1951 e 1999 no hemisfério Norte. “O nosso estudo mostra que os fenómenos de [precipitação mais forte] aumentaram em magnitude, o que quer dizer que fenómenos raros estão a tornar-se menos raros”, explicou Francis Zwiers, um dos autores do primeiro artigo, o investigador pertence à Divisão de Investigação Climatérica do instituto Environment Canada, no Ontário.

Existem padrões característicos de aumento ou diminuição [destes fenómenos], como por exemplo o fenómeno do El niño. Mas não foram estes tipos de padrões que a equipa encontrou. Segundo os autores a variabilidade intrínseca do clima não explica estas variações.
Os indícios levam-nos em outra direcção, a um fenómeno que esta a influenciar as precipitações a uma escala global, e a única coisa que me lembro é a mudança da composição da atmosfera.
Um dos impactos diretos do aumento da temperatura do mundo, causados pelos gases de efeito de estufa, é a capacidade de a atmosfera reter mais água. Esta investigação é a primeira “identificação formal” da ligação entre os fenómenos das alterações climáticas e a precipitação. O estudo mostra também que os modelos que existem estão a subestimar os verdadeiros efeitos do aumento de temperatura.
Zonas Costeiras e zonas ribeirinhas em risco
Têm-se vindo a registar eventos climatéricos extremos, um pouco por todas as partes do Mundo, pondo em causa colheitas agrícolas, bens, património e até mesmo vidas humanas.
Hoje, está mais que provado que o Homem tem uma grande interferência ao nível das alterações climáticas, por via do seu crescente contributo para o aumento dos Gases de Efeito de Estufa, presentes na atmosfera, levando a uma maior frequência de tempestades – p. ex. cheias, furacões, ciclones…
Este agravamento sequencial das alterações climáticas está a levar ao degelo cada vez mais acentuado das calotes polares, levando a que se registe um aumento do nível das águas nos oceanos.
O aumento do nível das águas dos oceanos, associado à maior frequência de fenómenos climatéricos extremos, está a pôr em causa as populações costeiras e ribeirinhas.
É certo que ainda existem muitos cépticos, todavia as evidências multiplicam-se e o risco aumenta para as populações das zonas costeiras e ribeirinhas, que se vêm perante uma ameaça se nada for feito ao nível da contenção do agravamento das alterações climáticas, uma vez que várias medidas de ordenamento da orla costeira não resultaram. Há que mudar de hábitos, poluir menos, e acima de tudo promover ações que visem reduzir a presença de CO2 na atmosfera, como por exemplo ações de reflorestação! Há que balancear de forma sustentável a presença de Gases de Efeito de Estufa na Atmosfera! E já!

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