quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


Impacto de uma cultura empresarial de sustentabilidade no comportamento e desempenho corporativo


As empresas e investidores que estão a integrar a sustentabilidade nos seus negócios estão a constatar que este facto aumenta os proveitos das empresas no longo prazo. Experiências e pesquisas demonstram que a adopção de métodos e práticas sustentáveis por parte das empresas proporcionam quatro tipos de benefícios:

- Desenvolver produtos e serviços sustentáveis pode aumentar os proveitos da empresa, reforçar a imagem e a substância da sua marca, e aumentar a sua posição competitiva, à medida que o mercado cada vez mais recompensa as atitudes empresariais ambientalmente e socialmente sustentáveis.

- A adopção de práticas de produção, gestão da cadeia de abastecimento, consumos de recursos e práticas motivacionais de recursos humanos sustentáveis podem também ajudar as empresas a pouparem dinheiro através da redução de resíduos produzidos e do aumento da eficiência energética na cadeia de abastecimento, e através do reforço das práticas de valorização do capital humano, de maneira a que as taxas de retenção aumentem e os custos com o recrutamento e formação de novos colaboradores diminuam.

- O simples foco nas métricas ambientais, sociais e de governação (ASG) permite às empresas atingirem altos padrões de confiança e um risco mais controlado ao nível da gestão, desde que tenham uma percepção mais holística das questões respectivas que afectam o seu tipo de negócio.

- Benefícios financeiros, tais como menor custo da dívida e menores restrições de acesso ao capital, uma vez que através da gestão sustentável, condutora à redução de desperdícios, à diminuição do impacto ambiental, à eficiência e racionalidade da utilização de recursos e a uma melhor performance operacional, gera-se maior confiança por parte do mercado, reduzindo o risco associado à empresa.

As empresas que adoptaram práticas como a redução de desperdícios, aumento da segurança e eficiência da cadeia de abastecimento, aumento da eficiência energética, racionalização no que toca à utilização de recursos e fortes programas de motivação de recursos humanos revelaram uma melhor performance em relação às suas pares, que em vez disso se focam nos resultados imediatos, na gestão ineficaz, na desresponsabilização e na utilização não mensurada e desregulada de recursos.

Citando um estudo da Escola de Gestão de Harvard, publicado no último mês (http://www.hbs.edu/research/pdf/12-035.pdf), foi efectuado um acompanhamento de 180 empresas durante 18 anos. As 90 empresas que adoptaram políticas ambientalmente e socialmente responsáveis, ao longo desse período, obtiveram um desempenho, tanto em termos de capitalização de mercado como em termos de valor contabilístico, em média 42% superior às restantes 90 com um modelo de gestão pouco criterioso e rigoroso em termos ambientais e sociais.

Como Benjamin Franklin, famoso político e embaixador americano da era do Iluminismo, tão assertivamente, uma vez disse: “Vocês podem adiar as medidas importantes a implementar, mas o tempo não vai adiar, e tempo perdido nunca é encontrado novamente.” Nos dias que correm temos uma oportunidade única para mudar as rotinas, optando por uma gestão mais sustentável, mais amiga do ambiente e do ser humano.

À medida que enfrentamos um ponto de inflexão na economia global e a nível ambiental, o imperativo para a mudança nunca foi tão grande.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


As 6 prioridades mundiais no AMBIENTE

O Ambiente e a protecção dos recursos terrestres, a par da capacidade para gerir as alterações climáticas da Terra, são questões fulcrais no que toca à economia global, assim como à sustentabilidade e salubridade do Mundo como o conhecemos.
Na 17ª Conferência das Partes, que se realizou em Durban, foram atingidos alguns avanços no que toca à Governança Ambiental Global, com o reforço do Fundo de Protecção contra a Desflorestação e Degradação Florestal, assim como forma dados alguns passos no sentido de um reforço e alargamento do protocolo de Quioto, tornando-o mais efectivo e revendo o conceito de países desenvolvidos e países em desenvolvimento, no sentido de incluir países como Índia e China no leque de países com limites rigorosos no que toca à emissão de gases de efeito de estufa e equivalentes. O objectivo é impedir que o aumento da temperatura média global não exceda os 2ºC até ao final do século, sendo que se prevê que a mesma aumente 3,8ºC, e atinja um aumento de 2ºC até 2050, isto se nada for feito, pondo em causa a vida como a conhecemos actualmente.
É notório que as questões ambientais são cada vez mais fulcrais a nível económico e a nível social, por isso mesmo considero que existem 6 prioridades a ter em conta:


Alterações Climáticas

Aumentar a capacidade dos indivíduos, comunidades e nações para se adaptarem às alterações climáticas, convergindo para sociedades de baixo carbono, aumentar a percepção pública acerca das alterações climáticas e os seus efeitos, e reforçar o conhecimento sobre os factores associados às alterações climáticas.


Desastres ambientais e conflitos subjacentes

Minimizar as ameaças, em termos ambientais, para o bem-estar humano que advenham de catástrofes e desastres naturais, e controlar os conflitos e o caos subjacente.


Gestão dos Ecossistemas

Promover uma melhor gestão dos recursos terrestres com o objectivo de conseguir dar resposta às futuras necessidades ecológicas e humanas.   


Governança Ambiental

Promover a aposta na tomada de decisões, a nível ambiental, de uma forma informada e consciente, apostando no reforço da cooperação ambiental a nível regional e nível global.


Substâncias perigosas

Reduzir o impacto das substâncias perigosas, promovendo acções de contenção e mitigação de riscos ambientais associados às mesmas.


Eficiência na utilização de recursos

Promover o consumo sustentável dos recursos naturais, assegurando que a renovação dos recursos é garantida e não é posta em causa pelo consumo desmesurado dos mesmos.