sábado, 10 de março de 2012

A aposta na Educação para a preservação do Ambiente com fomento à inovação e ao desenvolvimento sustentável

É por todos sabido que a Educação é o pilar fundamental para uma sociedade competitiva, evoluída, consciente e produtiva. É inegável e exemplar a  aposta que os países nórdicos, como a Finlândia, a Noruega e Suécia, fizeram na Educação de há 20 anos para cá. Essa aposta teve como pilares fundamentais: Competitividade, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Fomento à criação das bases para uma economia competitiva, diversificada e geradora de opções.
O que é que tudo isto tem que ver com o desenvolvimento sustentável e a criação de emprego? Muito mesmo, uma vez que o desenvolvimento sustentável é aquele que garante a extensão das possibilidades de prosperidade ao maior número de cidadãos possível, tendo sempre em conta a preservação dos recursos naturais, garantindo que apenas se utiliza a Natureza no sentido da obtenção de rendimento, e não para a sua exploração insustentável, consumindo o seu capital.
E foi neste campo que os países que citei apostaram, criando as bases mentais, ideológicas e económicas para uma economia robusta, competitiva, sustentável, racional na utilização de recursos e com um forte pendor de inovação e comprometimento com os objectivos regionais e globais de sustentabilidade.
Comparações à parte, o que é importante aqui realçar é que, as economias evoluídas, que apostam na melhoria dos indicadores de preservação ambiental, utilização eficiente dos recursos, sustentabilidade da sua economia e envolvimento das comunidades empresarial, científica e social, são economias com melhores índices de desenvolvimento, com um maior pendor competitivo e com maior aptidão para inovar. Sim, inovar, porque através de uma melhor utilização de recursos, através da implementação de medidas de carácter ambiental e através do estabelecimento de estruturas de custos e de desenvolvimento centradas na racionalidade e sustentabilidade, é possível fazer diferente e melhor com os mesmos recursos. É possível construir automóveis mais leves, logo com menos consumo de energia e menos poluentes, é possível tornar o sector da aviação, responsável por 4,6% das emissões de CO2, mais amigo do ambiente e ao mesmo tempo mais eficiente, no que concerne à utilização de combustível, rubrica que equivale a cerca de 3/5 dos custos, é possível aumentar a produtividade agrícola, respeitando os solos, regulando o consumo de água, contendo os impactos da desflorestação e reduzindo o rácio de emissões por hectare produzido, é possível tornar as empresas mais rentáveis, através de consumos de energia mais eficientes, através da redução do desperdício, através do aumento das taxas de reciclabilidade, através do desenvolvimento de produtos mais eficientes a montante e a jusante da sua cadeia de valor...
Tudo isto é possível numa sociedade consciente, capaz e focada na sustentabilidade do planeta e na gestão eficiente de recursos e rentabilidade sustentável de negócios. Como tal, tudo isto só é possível se o pilar base da sociedade, a Educação, revestir e dotar os cidadãos das valências correctas e dos conhecimentos para fazer melhor com os mesmos recursos, e acima de tudo, incutindo-lhes a mentalidade de, em cada acto ou rotina, terem a sustentabilidade ambiental, a preservação do ambiente e a preocupação com as gerações vindouras em mente.
É por tudo isto que o sistema de Educação necessita de um novo paradigma, que aposte na educação para a preservação ambiental e fomento à inovação e desenvolvimento sustentável!

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